Lava Cora Lava Alma

As inspirações vieram de vários lugares e épocas, onde e quando existiu ou existe uma mulher lavadeira.Ela aparece na Bahia, do Abaeté, em Portugal, pelos arredores de Lisboa. Vem da lavadeira do Rio Vermelho, que Cora Coralina descreve com tamanha perfeição.Nasce desde as lavadeiras do século XI do Rio de Janeiro, que lavavam roupa nos chafarizes do Campo de San't Ana, até as atuais lavadeiras de Almenara (Minas Gerais). As cantigas, as malhas amarradas pelo corpo, o uso das rodilhas na cabeça como suporte de vasos e trouxas, a pedra de anil, a água mesclam-se, expressando sentimentos, lembranças da mulher de força inigualável, a mulher lavadeira...Entre o universo de uma lavadeira, há uma poesia, ou melhor, uma mulher-poesia: “Cora Coralina”, que narra de forma extraordinária o sentimento de mulher, os elementos folclóricos que faziam parte do cotidiano dela, Cora era lavadeira de coração . MATERIAIS: algodão natural, algodão resinado, malha de algodão orgânico e malha segunda pele. SILHUETA: torcidas e amassadas, como se estivessem sendo lavadas; lisas, como se estivessem estendidas; amarradas como trouxas para lavar; volumosas, como se estivessem sendo protegidas, pregueadas e com formas arredondadas. CORES: uso do azul, simbolizando o céu visto pelas lavadeiras em um dia de roupa branca. O verde e azul de oscilações de cores de água, azul sabão, da pedra de anil. Além do Rosa coralina, a poesia de Cora. Uso de marrom roupa suja, branco clarinho, que é a alma de lavadeira e amarelo sol, essência para quarar e para viver. ACESSÓRIOS: turbantes em algodão, rodilhas de lavadeira, colares em tecido e malha, bolsas trouxa.