Molhada

2015

Fotolivro com série de foto-poesias sobre o processo criativo de "colarêntu" na fase MOLHADA. Fala-se de água, piscina placenta, molhar-se em um todo.

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Piscina de plástico em cima do piso. Estrago papéis acumulados, Piso suporte piscina. Suporte. tenho que parar de juntar. Eles, no segundo piso. Soma dos, todo dia é abundância deles. Junto como algo do tipo que Quero. Não quero. Quero. Não quero. Molhada como uma placenta, quero ficar molhada. Piscina vive pra criança, afogo tenta se dilatar, mais sufoca. Feiras de vaidades geram texturas meio aos devaneios. tudo e gero um nada,outra imagem, assim posso te dar ela e tentar não juntar tanto. Leva meus segundos. Leva meu jeito. Juntei esses por pura irresolução. afoguei figuras e palavras e que atrairam minha memória. Esqueço. Guardo por Instabilidade. Sou instável me misturo na água, me dou nela. Poderias ter de repente e não ter um pedaço de um dia que passei, me molhando, e horas sei lá o que raptei de um outro impresso pra associar com meu significado. Outro significado Transtorno obsessivo compulsivo por pedaços de outros. Necessidade do outro em forma planificada. Me desfaço com minhas mãos e resgato com o sol. Ele me consome. Ele agride e preenche. Me comendo aos poucos, sempre foi assim. Ofereço usar todo esse acumulo melhor do que ele já foi. Ou não. balanço. rasgo para acalmar.

Fotolivro MOLHADA Fotografia de Carola Santos e Oara de Jesus Obra originária de performance Colarêntu de Oara de Jesus e Carola Santos. Poesia de Carola Santos baseado na obra colarêntu. Editora: A-Polpa Tiragem: 50 exemplares Balneário Camboriú, 2014-2015.